Voluntário do CVV fala sobre prevenção ao suicídio

Voluntário do CVV fala sobre prevenção ao suicídio

Redação Rádio Mais | 5 de setembro de 2024 - 14:23
Centro de Valorização da Vida oferece apoio emocional às pessoas com algum tipo de transtorno ou sofrimento mental

Quase todos os casos de suicídio no mundo são relacionados a transtornos mentais, principalmente aqueles que não são diagnosticados ou tratados da forma correta, o que significa que a maioria dos casos poderia ser evitada se os pacientes tivessem acesso a um tratamento e informações de qualidade: é o que diz a campanha Setembro Amarelo, uma iniciativa global que busca prevenir as lesões autoprovocadas.

No “Manhã da Mais”, a apresentadora Carol Chab conversou sobre o tema com um voluntário do Centro de Valorização da Vida (CVV) em Curitiba, Antônio Carlos Vilela. A entidade, que oferece apoio emocional gratuito, conta com cerca de 3.500 voluntários em todo o Brasil, atendendo 24h por dia. “O CVV tem seis décadas de trabalho, e o que descobrimos nesse período é que, se a pessoa falar sobre o que está passando e sentindo no momento de crise, a tensão diminui. É como se você desarmasse uma bomba-relógio no seu coração, ao dividir sua dor com o outro. Temos profissionais treinados para ouvir sem julgamentos”, explicou ele.

O serviço prestado pelo CVV é como um “pronto-socorro emocional”: não substitui o trabalho de um profissional de saúde mental, mas oferece um apoio imediato para pessoas que estejam precisando de ajuda. “Às vezes a pessoa liga e só chora, num primeiro momento. Às vezes ela liga uma, duas, três vezes e não consegue falar. E à medida que ela consegue falar, o voluntário é treinado a partir de uma abordagem da psicologia chamada ‘atenção’, centrada na pessoa. Ou seja, nós não damos conselhos, mas focamos na narrativa e nos sentimentos que aquela pessoa está trazendo”, esclareceu Antônio.

De acordo com o voluntário, ter conexões com outras pessoas é um passo importante para cuidar da saúde mental. “Precisamos criar redes de apoio, vínculos, seja entre jovens, um grupo de escoteiros ou na igreja, por exemplo. O CVV não tem vínculo religioso, mas reconhece a importância da religião na questão do apoio, no momento da dor. Mas muitas vezes a pessoa também precisa de um medicamento, de ajuda profissional. E é importante buscar isso em instituições como o CAPS”, afirmou.

Centro de Valorização da Vida – Ligue 188 ou acesse www.cvv.org.br

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