Em janeiro deste ano, 19 empresas brasileiras começaram a testar a semana de 4 dias, um modelo de trabalho que vem crescendo em todo o mundo. O objetivo é diminuir a carga horária das equipes, mantendo o mesmo salário e 100% da produtividade. Após o período de testes, até o momento, oito companhias optaram por continuar com esse formato de maneira permanente.
No Manhã da Mais, a apresentadora Carol Chab conversou sobre o tema com o Doutor em Administração de Empresas e professor da Universidade Positivo, Fábio Vizeu. Ele explicou que o experimento trouxe resultados positivos, como o aumento da eficiência dos trabalhadores e melhora na rotatividade. “A gente tem feito esse novo modelo aqui no país, justamente acompanhando a tendência mundial, para dar mais tempo para que o funcionário possa descansar, fazer suas atividades domésticas e cumprir outros compromissos – dando mais flexibilidade, mas, obviamente, controlando a sua entrega. O mais importante não é controlar o tempo que o colaborador fica dentro da empresa, mas a entrega dele, as tarefas e os resultados”, afirmou.
Para o especialista, o Brasil ainda tem o desafio de mudar a cultura vigente para que esse modelo possa ser implementado: “O home office, por exemplo, é uma medida interessante, que foi adotada pelas empresas durante a pandemia. Ela traz uma série de benefícios, mas o grande desafio é justamente essa maturidade, por parte dos funcionários e supervisores, em ter uma disciplina e responsabilidade com o horário, além de um local específico para o trabalho em casa. É a mesma coisa com a semana de 4 dias: as pessoas precisam ter disciplina para adotar essa mudança”, explicou.