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O uso medicinal da cannabis vem se tornando cada vez mais comum no Brasil e no mundo, devido às propriedades terapêuticas da planta – que pode ajudar, por exemplo, no tratamento de dores. No “Consultório Médico” da Rádio Mais, a apresentadora Carol Chab conversou sobre o tema com a médica anestesista e especialista em tratamento da dor, Maria Teresa Jacob.
Ela explicou que há uma diferença importante entre a cannabis medicinal e a maconha. “A cannabis é uma planta em si. Ela é usada no tratamento de patologias, doenças refratárias, e tem concentrações dos diferentes canabinoides, que são as substâncias que interagem com nosso sistema endocanabinoide. Quando falamos em maconha, falamos de concentrações de THC, que é uma substância da cannabis que dá aquelas alterações e delírios. Aí ela é usada para fins recreativos”, esclareceu a médica.
A cannabis medicinal costuma ser usada no tratamento de dores crônicas, diminuindo o uso de opioides e seus efeitos colaterais. “Há relatos também de tratamento de doenças da saúde feminina, como endometriose, além de síndrome do intestino irritável e fibromialgia, por exemplo. O SUS do estado de São Paulo disponibiliza o Canabidiol para tratamento de crianças com três síndromes raras de epilepsia refratária. É um sistema que recupera o equilíbrio orgânico. Temos evidências em várias patologias, em outras não. É uma planta que foi criminalizada por anos, então as pesquisas estão avançando mais nessas últimas duas décadas”, explicou Maria Teresa.
