Os engasgos em bebês e crianças são muito frequentes no dia a dia, mas podem ser extremamente perigosos. No Paraná, somente em 2024, o Samu já registrou 1.571 acidentes desse tipo, sendo a maioria em crianças de até 10 anos de idade.
No Manhã da Mais, a apresentadora Carol Chab conversou com a enfermeira supervisora do Centro de Simulação Realística do Hospital Pequeno Príncipe, Cláudia Barone Fernandes. “Os bebês menores de 1 ano ainda têm uma imaturidade do sistema digestivo e falta de coordenação nos movimentos, então costumam engasgar com o leite, durante a amamentação. Já as crianças de dois anos têm mais curiosidade e podem engasgar com brinquedos, pequenos objetos como uma bateria, um grão ou um doce inapropriado para essa idade”, explicou ela.
Os engasgos em bebês por conta do leite são relativamente comuns, mas, diante de alguns sinais, é preciso ter atenção. “A gente percebe que o bebê está realmente engasgado quando ele tem tosse e dificuldade de respirar, uma cor arroxeada ao redor dos lábios. Aí, precisamos fazer as manobras de desobstrução: apoiar o bebê no antebraço, com o rosto para baixo, a cabeça mais inclinada do que o restante do corpo, e aplicar cinco golpes na região entre as escápulas, bem no meio nas costas. Tem que ser uma força suficiente para retirar o objeto ou o líquido. Depois, vira a criança com o rosto para cima e faz mais cinco compressões entre os mamilos, bem no meio do tórax, no osso esterno. Vai repetindo esses movimentos até a criança retornar a uma respiração confortável”, orientou a enfermeira.
Para prevenir esse tipo de acidente, é fundamental manter objetos pequenos longe do alcance, como botões, colares, moedas, brinquedos e sacolas de supermercado. Em relação aos bebês, é preciso ter cuidado com a postura depois da amamentação: segurá-lo em pé por um tempo para que ele consiga deglutir todo o leite.