Uma pesquisa recente da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e da Polícia Científica identificou a presença de octodrina, uma substância semelhante à anfetamina, em cigarros eletrônicos no Brasil. De acordo com os pesquisadores, trata-se de uma substância que pode gerar dependência – o que acende ainda mais o alerta em relação ao uso desses dispositivos.
No “Consultório Médico” da Rádio Mais, a apresentadora Carol Chab conversou sobre o tema com a médica oncologista do Instituto de Oncologia do Paraná, Aline Vieira. “[A octodrina] pode levar a uma sensação de prazer imediato e, com isso, ao vício. Embora muita gente acredite que o cigarro eletrônico é inofensivo ou menos nocivo do que o convencional, já temos dados que comprovam que ele é maléfico e traz diversas consequências para a saúde pulmonar“, explicou.
De acordo com a médica, a preocupação é maior com os jovens, que têm usado os cigarros eletrônicos de forma cada vez mais precoce. “Temos que alertar sobre os riscos principalmente para essa população. O cigarro eletrônico não é uma substância que pode ser usada sem restrições, até porque a maioria deles é encontrado de forma clandestina, então não sabemos exatamente como foram produzidos”, esclareceu.