Após 5 anos sem registros de óbitos por coqueluche no Paraná, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) confirmou uma nova morte pela doença. Já são 55 casos em 2024, um aumento de 511% em comparação com o ano de 2023, quando foram apenas 9 confirmações.
No quadro “Consultório Médico” da Rádio Mais, a apresentadora Carol Chab conversou sobre o tema om o médico pneumologista Rafael Klas Leal. Ele explicou que a coqueluche é facilmente confundida com outras doenças respiratórias, por ter sintomas pouco específicos no início. “Os principais sinais na fase inicial são mal-estar, coriza e tosse. A febre não costuma aparecer, mas quando aparece, é baixa. Os casos mais graves geralmente são em crianças, principalmente aquelas com menos de 6 meses e que não estão com a cartela vacinal completa”, esclareceu.
De acordo com o médico, a vacina está disponível há pelo menos 30 anos, tanto no sistema público quanto privado de saúde. “A criança deve receber o imunizante aos 2, 4 e 6 meses de idade, um reforço aos 15 meses e após os 4 anos. Mesmo com esse esquema vacinal completo, a pessoa deve ainda receber uma dose a cada 10 anos, para ter uma prevenção ao longo da vida. Também há uma preocupação importante com a gestante, porque, estando vacinada, ela transmite os anticorpos para o feto. Então, o bebê nasce com a proteção até ser vacinado”, explicou.
A cobertura vacinal da coqueluche está abaixo do ideal no Paraná. Por isso, a principal orientação é para que os bebês sejam imunizados: não há forma melhor de prevenção, diz o especialista.